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“Atitude ON – Nossa ação supera limites”

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Motivação, cenário econômico e cases de sucesso marcam convenção da CIC Teutônia

Evento lotou auditório da entidade empresarial

“Meta batida”. Com essa expressão o vice-presidente do Comércio da CIC Teutônia, Samuel Maders, avaliou a 1ª Convenção Atitude ON – “Nossa ação supera limites”. Iniciativa da Diretoria do Comércio, com apoio da Federasul e do Sebrae/RS, o evento foi realizado nesta terça-feira, dia 08 de novembro. O ciclo de palestras e apresentação de cases de sucesso lotou o Auditório 03 da entidade empresarial teutoniense, numa tarde de muito conhecimento, troca de informações, vivências e novas oportunidades.

Evento lotou Auditório 03 da CIC Teutônia

A mediação esteve por conta de Maders e da diretora do Comércio, Maiquéli Josefiaki. “A primeira edição do evento teve suas expectativas atendidas e já planejamos outras iniciativas”, frisou o vice-presidente. “Os temas abordados são muito importantes para o momento que vivemos, além de uma oportunidade de ouvirmos grandes histórias, gente que fez e faz a diferença na prática”, acrescentou a diretora.

Diretores do Comércio da CIC Teutônia, Maiquéli Josefiaki e Samuel Maders, mediaram palestras e apresentação de cases

Um novo mundo, uma nova vida

Fabiano Feltrin é administrador de empresas, com diversos negócios na área imobiliária, de entretenimento, comercial e alimentação. Prefeito de Farroupilha/RS, também foi eleito o melhor cover de Elvis Presley da América do Sul em 2015. De forma bem-humorada, ele palestrou sobre o tema “Um novo mundo, uma nova vida”, trazendo conceitos e exemplos práticos das rotinas de pessoas de sucesso.

Valorizou a Teoria da Repetição para melhorar a nossa vida e defendeu que somos donos do nosso destino e dos nossos resultados. “Ninguém vai fazer por ti. O objetivo é ganhar dinheiro e ser feliz. Ninguém gosta de gente chata, o ser humano quer ser valorizado, inclusive elogiado. Precisamos ser solucionadores de problemas, sempre, seja em casa, com os amigos ou na empresa”, pontuou.

Fabiano Feltrin

Para ele, o maior problema das empresas é a comunicação. “E isso se estende para dentro de casa, é preciso dizer o que se quer, falar e deixar as coisas claras. Tomem nota para que as coisas deem certo, e faça as pessoas assinarem embaixo.”

Por fim, ressaltou que carinho, respeito e sorriso no rosto são fundamentais. “Somos passageiros, por isso encontre a maturidade espiritual e saiba contagiar, permita-se ser felizes, paute a vida das pessoas e não seja pautado pelos outros. É você que leva a sua energia, por isso, não seja o ‘azedume’”, concluiu Feltrin.

Panorama econômico pós-eleições

Mestre em Economia e com vasta experiência profissional na área, Fernando A. Marchet é vice-presidente e coordenador da divisão de economia da Federasul. Palestrou sobre “Panorama econômico pós-eleições”, trouxe análises históricas e perspectivas econômicas para os principais indicadores da economia brasileira e mundial – juros, inflação, PIB, emprego e confiança dos empresários. Também falou das principais propostas do governo Lula (Desembolsos BNDES, Infraestrutura, Salário-Mínimo, desemprego e gerência das estatais), passando pelas políticas sociais e seus impactos na situação fiscal (Teto de Gastos) do Brasil, bem como os principais desafios e pontos de atenção no decorrer do próximo mandato.

Fernando A. Marchet (Fotos: Leandro Augusto Hamester e Fernanda Kolling)

“O cenário é de muitas incertezas, bastante desafiador, mas esse seria o ambiente independente de quem seria governo após as eleições, principalmente por conta do que está ocorrendo no ambiente internacional, que afeta a vida de todos”, resumiu.

Entre outros indicadores, falou da escalada da inflação mundial, “que vem subindo por conta da pandemia, com problemas de fornecimento, aumento das commodities e do conflito Rússia x Ucrânia, que acelerou esse movimento, sobretudo na Europa com problemas energéticos.”

Citou ainda o movimento de fortalecimento do Dólar. “Muito dinheiro está saindo e sendo aplicado na moeda americana. Paralelamente a isso há o movimento mundial de elevação das taxas de juros, o que pressiona a nossa moeda também. É uma alternativa para segurar o aumento de preços, mas que também reduz a velocidade de crescimento mundial.”

Em termos de Brasil, avaliou que o comércio é o segmento mais atrasado no pós-pandemia. Por outro lado, valorizou o período recente de importantes reformas – Trabalhista, Previdência, independência do Banco Central e o Teto de Gastos. “Escolhas mexem com o mercado. Precisamos que as coisas deem certo, com um bom time. O ano de 2023 pode ser bom, mas o problema é o ‘voo de galinha’, sem sustentabilidade. Nos bastidores já está o aumento de impostos, mas não temos repostas ainda, muito provavelmente somente a partir do primeiro trimestre do próximo ano. O Brasil é imaturo institucionalmente e, em troca de governo, há discussões estruturantes macro”, finalizou.

O sucesso inspira, o fracasso ensina

O palestrante, professor e empreendedor Flávio Steffens trouxe uma outra visão do mundo dos negócios ao abordar o tema “O sucesso inspira, o fracasso ensina”. De forma descontraída, contou um pouco da sua história. “A pessoa vai empreender e acha que vai mudar o mundo, vai ser tudo incrível, quando se depara com o grande fracasso. Meu primeiro projeto foi um fracasso catastrófico, deu absolutamente tudo errado, gastei muito tempo, dinheiro e energia. Mas isso foi importante para que eu também tivesse um case de sucesso, graças ao aprendizado que tive lá atrás com o meu fracasso”, enumerou.

Para ele, o processo de inovação, de empreendedorismo, nada mais é que uma exploração. “Está tudo bem fracassar, mas que seja de maneira muito rápida e barata, para aprendermos rápido e tentarmos novamente de uma maneira mais inteligente, de uma maneira que vamos agregando conteúdo. Estamos sempre buscando os fracassos inéditos, nunca repetir os mesmos fracassos. Trata-se de um processo de experimentar, fracassar, aprender e tentar novamente, até chegar o momento que se resolve o problema de alguém, gera um produto ou projeto que realmente faça sentido.”

Flávio Steffens

Steffens também frisou que o sucesso é algo que não pode ser replicado. “São variáveis que não controlamos, o que deu certo para mim não necessariamente dará certo para outra pessoa. Já o fracasso conseguimos replicar, pois geralmente cometemos os mesmos erros, com pequenas variações, mas comuns a todo mundo, independente da área. Aprendendo quais os erros que podem ser cometidos, teoricamente evitamos de cometê-los, aumentando nossas chances de ter sucesso, atalhando o caminho. O fracasso faz parte do processo, a forma como lidamos com ele é que vai fazer a diferença entre sobreviver ou não como empresa”, encerrou.

A arte de encantar clientes

“A arte de encantar clientes” foi tema da palestra do escritor Erik Penna, mostrando a importância da cultura do encantamento, como fazer do atendimento um grande diferencial competitivo, com cinco passos para atender com excelência e impulsionar os resultados. Entre outras dicas, ele sugeriu que o atendimento seja encarado como um show, e para o show acontecer, é preciso muito ensaio e preparação. “Encantar clientes é função de todos, do atendente ao presidente. Atender bem é tratar bem, é importar-se verdadeiramente com a causa do outro. É fundamental gostar de gente, encantar é querer o melhor para o próximo. É preciso superar expectativas, ir além do que o cliente já espera do produto, serviço ou atendimento”, elencou.

Erik Penna

Penna afirmou que um dos maiores sonhos do brasileiro é ter o próprio negócio, no entanto, há três aspectos desafiadores nessa jornada empreendedora. “O sonho é grande, mas a grana é curta; só dedicação não dá resultados; e ter um produto bom é uma coisa, vender e encantar é outra.”

Sobre o futuro da relação vendedor-cliente, sugeriu que seja dada atenção especial à fidelização. “A cada dia os clientes encontram mais opções na hora de comprar, e as empresas vendedoras precisam ir além de ofertar algumas promoções, é fundamental implantar ações que atraiam verdadeiramente e fidelizem o consumidor. Personalizar o atendimento, um produto ou um serviço prestado faz toda a diferença. Se personalizar não for possível, busque customizar, adapte ou melhore a entrega de um produto conforme a preferência do cliente, tornando a experiência mais expressiva”, finalizou.

Cases de sucesso

A programação ainda contou com a apresentação de três cases de sucesso. Cada empresa teve cinco minutos para se apresentar, seguidos de 25 minutos de bate-papo sobre insights quanto ao processo de empreender, a tomada de decisão e os desafios encontrados, além dos pontos positivos de empreender. Luís Felipe Wallauer Ferreira falou do Quiero Café; Douglas Scheibler da Bimachine; e Fábio Adriano Lautert da Sabores Alimentos.

Fábio Adriano Lautert (e), Luís Felipe Wallauer Ferreira e Douglas Scheibler apresentaram os cases das empresas Sabores Alimentos, Quiero Café e Bimachine

“Tudo na vida é aprendizado. Compartilhar e ouvir cases de outras empresas da região, ver o que estão fazendo, quais as dores e aprendizados, é muito importante e nos permite encurtar caminhos. Esse networking é muito rico e válido. Participamos e sempre incentivamos a nossa equipe a prestigiar eventos como esse, saindo da sua ‘bolha’ e levando esse conhecimento para dentro da empresa. Se conseguir colocar ao menos uma ideia em prática no dia a dia, o evento já valeu a pena”, destacou Ferreira.

“Eventos como esse possibilitam ver além da sua ‘tribo’, perceber o que está acontecendo do lado de fora. Muitas vezes os empreendedores e seus times acabam ficando presos ao seu dia a dia, sempre fazendo a mesma coisa. O gaúcho em si tem alguma dificuldade em realizar o benchmarking, por isso iniciativas como essas, trazendo relatos e pessoas com visões diferentes das nossas, funcionam como um catalizador de novas ideias e fomento”, acrescentou Scheibler.

“São momentos de trocas de experiências, que valorizam, enriquecem e motivam o empreendedor. Uma mescla entre a realidade local e os cenários externos, que são muito dinâmicos, nos proporcionam insights interessantes e fazem com que estejamos melhor preparados para enfrentar o mercado e a continuidade dos nossos negócios”, concluiu Lautert.

TEXTO – Leandro Augusto Hamester

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