Com palestras e cases de empreendedorismo, Convenção reúne mais de 160 pessoas
Mais de 160 pessoas prestigiaram a 2ª Convenção CIC Teutônia “Atitude ON – Nossa ação supera limites!”, iniciativa da Diretoria do Comércio da entidade empresarial. O evento ocorreu na tarde desta terça-feira (24) no Auditório 03 da CIC, num momento de muito conhecimento, troca de informações, vivências e novas oportunidades. Com apoio do Sebrae/RS e patrocínio de Certel e Sicredi, a Convenção contou com ciclo de palestras renomadas e apresentação de cases de sucesso em empreendedorismo.
“A proposta busca fomentar negócios e oportunizar o crescimento. Parabéns a todos que se permitiram participar desse momento conosco, obrigado pela confiança e apoio”, destacou o presidente da CIC, Renato Lauri Scheffler, na abertura do evento.
A gerente do Sebrae Vales do Taquari e Rio Pardo, Liane Klein, enalteceu a parceria e parabenizou pela iniciativa. “A CIC Teutônia é destaque na região, entidade com maior número de associados e com trabalho reconhecido em prol do associativismo, com mobilização de pessoas e empreendedores”, disse, valorizando a troca de conhecimento, as possibilidades de conexões e oportunidades de novos negócios.
Razão e emoção
A primeira palestra, “A razão faz sentido e a emoção faz sentir”, foi com Rodrigo Annunciação, acelerador de pequenas e médias empresas, professor, mentor e palestrante. De maneira descontraída, ele elencou sugestões e estratégias para o desenvolvimento dos negócios.
“Só existem duas opções para quem não tem resultado: o que estou fazendo errado ou o que eu estou fazendo pouco. Tem gente com meta, mas na verdade vive sonhando. Precisamos da razão, da meta, da rotina, do planejamento. É preciso plantar para colher, ‘milagre’ não acontece se não plantar”, alertou.
Algumas palavras ficaram em evidência na sua apresentação, como superação, dedicação, autoconfiança, inspiração, persistência, disciplina, atitude, treino, fé, força, foco, comunicação positiva e construção de relacionamentos. “Expectativa é o que se cria; resultado é o que de fato se entrega. Agradeça mais e peça menos, as pequenas vitórias alimentam a esperança. Insista, o universo precisa ter certeza do que você realmente quer”, concluiu.
Vender
“Vender! Vender! Vender! Como encantar clientes e turbinar resultados” foi tema da palestra com Ciro Bottini, considerado o melhor e mais famoso vendedor televisivo do Brasil, que com bom humor e improvisação falou de amor pelas vendas. “Sou vendedor, com muito orgulho. Tudo na vida é venda, que gera renda, emprego e movimenta a economia. Estamos sempre vendendo algo: um produto, um serviço, uma ideia, um projeto, uma marca pessoal”, defendeu.
Para ele, um bom vendedor faz diferença e traz resultados. “Pessoas querem comprar de amigos, e não de vendedores que parecem vendedores. O bom vendedor é otimista, se comunica de maneira positiva, atrai o cliente e cria conexão. Quem vende melhor preço é tirador de pedido. Venda é construir uma relação, oferecer mais que o cliente deseja, é conquistar fãs”, afirmou.
Entre outras características de bons vendedores, destacou a agilidade e a capacidade de personalização no atendimento; a simpatia e o preparo. “Vender deve ser um prazer. O poder do sorriso é gigante, contagia, cria conexão emocional. Quem sorri mais, ganha mais dinheiro; quem sabe emocionar e encantar, vende mais. Venda é treino, ciência, um grupo de processos e técnicas de construção de argumento baseadas em características, benefícios e vantagens do produto.”
Cases locais
Painel de Cases de Empreendedorismo, com apresentação das empresas Bella Luna Aromas, Inovar Negócios Imobiliários e Teutonet, valorizou as oportunidades locais para empreender. “Precisamos nos desenvolver e procurar o desenvolvimento para todos. Contamos com muitas empresas que nos orgulham e nos inspiram”, destacou a vice-presidente do Comércio da CIC, Maiquéli Josefiaki, que, acompanhada do diretor da pasta, Júlio Abel Danzer, mediaram o bate-papo.
Ramon Petter, da Inovar, falou da sua trajetória de empreendedorismo, iniciando com loja de 1,99 aos 14 anos de idade. “Sempre fui curioso e tive oportunidades para empreender, aprendendo em cada negócio e superando desafios. Hoje vejo que as decisões profissionais que tomei no passado fazem todo sentido, foi engrandecedor. Tenho orgulho das conquistas. Empreender não é brincar, é preciso planejar”, disse, valorizando também suas equipes.
Carol Immich, da Bella Luna, mencionou a origem da empresa, enaltecendo atuação no mercado nacional, com mais de 400 itens em diversas linhas de produtos e opções exclusivas. “É preciso aprender com o negócio, aprender como trabalhar com os clientes. Empreender é não desistir e valorizar sempre as pessoas”, afirmou.
Maiquel Fell, da Teutonet, se disse orgulhoso com a caminhada da empresa, que conta com 40 funcionários. “Definição de sucesso é montar uma empresa legal para os clientes e a equipe, trabalhando certinho e com união. Treinamentos e qualificação devem ser constantes para a evolução”, disse.
Evolução
Encerrando a programação, já no início da noite Luciano Potter, um dos mais celebrados comunicadores do Sul do Brasil, trouxe seu bom humor e espontaneidade com a palestra “Porque ouvir histórias vai salvar a sua vida”. Falou de família, especialmente filhos, período da vida em que os pais aprendem a ouvir. “Crianças fazem perguntas e é aí que tu percebes que sabe pouco. As prioridades do ser humano mudam com a chegada dos filhos”, frisou.
Ele sublinhou a evolução da indústria fonográfica, dos games e do cinema. “A indústria muda, se adapta e cresce. Colocar o lucro na melhoria é um dos segredos de quem entende o mercado. Atualmente vivemos as angústias do mundo moderno, com excessos, com a vida que está na internet. Criamos uma prisão, mas não há como escapar: entregamos tudo que verdadeiramente somos na internet, entregamos nossa alma e nem notamos. Empresas que conseguem entender o comportamento das pessoas pela internet, são empresas que ganham muito dinheiro. Quem tem a tecnologia na mão decide onde vai estar e corre na frente.”
Potter defendeu que a vida é adaptação constante. “Ao mesmo tempo em que viver é uma revolução, é também saber conservar. Há coisas que mudam o jeito de consumir e de trabalhar, mas a escolha de quem seremos no mundo é nossa. Somos impulsionados pela curiosidade, os curiosos ganham mais dinheiro, são mais criativos e têm a capacidade de entender que não sabem tudo.”
A exemplo dos que lhe antecederam, também valorizou os relacionamentos humanos para a vida. “Isso faz com que a gente seja feliz e dure mais, as pessoas morrem de solidão. As amizades têm valor, a conectividade humana muda completamente o jeito que lidamos com as situações da vida, no trabalho e em casa. Temos que entender que as pessoas são diferentes, vamos respeitar o sentido da vida das pessoas”, encerrou.
TEXTO – Leandro Augusto Hamester