CIC Teutônia e associados propõem ações para o desenvolvimento local nos próximos anos
A CIC Teutônia, exercendo sua representatividade na prática, procurando auxiliar e levar adiante os anseios da classe empresarial, promoveu na manhã desta quarta-feira (24) o 1º Fórum Empresarial de Teutônia. Dirigido especificamente aos seus associados, o evento reuniu cerca de 50 pessoas no Auditório 01 da entidade. A ação proposta pela Diretoria Administrativa teve por foco o futuro do município, oportunidade para ouvir os associados da entidade e discutir as perspectivas e oportunidades para o desenvolvimento local.
O trabalho foi conduzido pelo consultor Eduardo Bockel, que trouxe indicadores relativos ao perfil populacional, econômico, social e educacional, mercado de trabalho, perfil das empresas ativas e dados de pesquisa on-line aplicada pela CIC junto aos seus associados, que considerou desenvolvimento econômico, infraestrutura, segurança, saúde, educação, tecnologia e inovação, mobilidade urbana, cultura, turismo, desenvolvimento social e Meio Ambiente.
Segundo Bockel, as informações sobre os cenários do município de Teutônia revelam desafios importantes. “A pirâmide etária, por exemplo, indica uma tendência de envelhecimento populacional a médio prazo. Além disso, os dados relativos às pessoas empregadas formalmente destacaram a necessidade de repensar a diversificação das atividades econômicas do município. É evidente que o município, em parceria com o poder público e a iniciativa privada, precisa elaborar uma estratégia de crescimento sustentável integrada, abrangendo diversas áreas, como economia, educação, saúde, segurança, entre outras”, defendeu.
O presidente da CIC, Renato Scheffler, lembra que o fórum segue proposta semelhante de trabalho preconizada pela Federasul com as macrorregiões do Estado acerca do que desejamos para o Rio Grande do Sul em 2035, data dos 200 anos da Revolução Farroupilha. “Ele permite que tenhamos um olhar para frente do que queremos para os próximos anos, o que deu origem ao trabalho proposto localmente. É uma oportunidade para que o empresário teutoniense possa discutir sobre as necessidades para o município se desenvolver no curto, médio e longo prazo, buscando alternativas para melhorar as condições de trabalho e de vida da população como um todo. Não se trata de um planejamento, mas de uma visão de desenvolvimento, pois crescer pode ocorrer rapidamente, mas com isso também surgem gargalos, como de mobilidade, na educação e na saúde”, exemplifica, citando o parque industrial “com infraestrutura precária, que não atrai novos investimentos”.
Avaliação e próximos passos
Scheffler avaliou o evento como muito produtivo. “Vamos rever os dados coletados, que darão origem a um e-book. Depois de discutirmos esse conteúdo com a diretoria da entidade, os documentos serão entregues aos candidatos a prefeito de Teutônia e aos vereadores eleitos no próximo pleito municipal.”
Bockel compartilha da opinião. “Obtivemos sucesso nesta agenda com a participação dos empresários, tanto na contribuição para a pesquisa quanto na presença no evento. As sugestões de temas e ações serão incorporadas ao documento e servirão como instrumento para que a classe empresarial acompanhe a sua realização ao longo dos próximos anos.”
Indicadores de Teutônia
– 32,7 mil habitantes, segunda cidade mais populosa do Vale do Taquari
– 85% reside na área urbana e 15% na área rural
– 49% do sexo masculino e 51% do sexo feminino
– Taxa de envelhecimento de 8,33%
– Índice de Desenvolvimento Humano 0,747
– Expectativa de vida 76,3 anos
– Índice de Desenvolvimento Socioeconômico 0,804
– Grau de instrução (até 25 anos ou mais): Ensino Fundamental incompleto 51,77%, Ensino Fundamental completo 17,15%, Ensino Médio completo 22,8% e Ensino Superior completo 5,87%
– Salário médio 2,3
– População ocupada 37,74%
– 53% dos empregos formais estão na indústria, 26% nos serviços e 16% no comércio
– PIB 2021 R$ 1.576.004.000,00
– PIB Per Capita 2021 R$ 45.981,15 (Média PIB Per Capita do Estado R$ 50.700.00)
– Perfil das empresas: 56% MEI, 41% Ltda. e 0,8% cooperativa
– Índice de Participação Municipal IPM (ICMS) -0,80% (antes da crise da Cooperativa Languiru)
TEXTO – Leandro Augusto Hamester
