Na tarde da última quarta-feira (21), a Federação das Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) realizou fórum técnico com debate sobre os decretos que retiram incentivos fiscais de setores da economia gaúcha, os quais entram em vigor no próximo mês de abril. O aumento de ICMS proposto pelo Governo do Estado estabelece a cobrança sobre produtos até então isentos.
O evento foi realizado em Porto Alegre, no Palácio do Comércio. Reuniu lideranças empresariais de diversos segmentos, representantes de entidades e deputados estaduais, mas não teve a participação do Governo do Estado, apesar do convite. O Executivo gaúcho defende que está conversando individualmente com os segmentos impactados pela medida.
O presidente da CIC Teutônia e vice-presidente regional da Federasul, Renato Lauri Scheffler, participou do encontro. “O governo está tomando uma medida arrecadatória imediata, mas no médio e longo prazo acarreta no empobrecimento, desemprego e empresas falindo. Lamentamos a ausência do Governo do Estado, pois o debate era para, justamente, trazermos os contrapontos aos decretos de forma coletiva”, avalia, valorizando, por sua vez, a participação dos deputados da base aliada e da oposição. “Infelizmente o Legislativo nada pode fazer, pois não tem gerência sobre essa situação, e o Governo do Estado está irredutível. Sem diálogo não vamos chegar a lugar nenhum. A ação de retirada de incentivos prejudica as empresas gaúchas e afeta diretamente a população.”
Durante o fórum técnico, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) chegou a sugerir que os incentivos fiscais vigentes sejam prorrogados até o fim do ano, possibilitando que governo e entidades encontrem uma maneira de minimizar os danos ao setor produtivo.

TEXTO – Leandro Augusto Hamester